Colonização Espanhola
AMÉRICA ESPANHOLA
O continente americano foi sistematicamente
colonizado pelos europeus a partir do final do século XV. Holandeses e
Franceses também exerceram aqui o seu poder colonizador, mas foram portugueses,
espanhóis e ingleses que montaram os mais significativos empreendimentos
coloniais, tornando a América uma extensão de seus domínios e um complemento da
economia metropolitana.
Em 1503 a Coroa espanhola criou o primeiro órgão de
administração colonial, a Casa de Contratação, responsável por todas as
atividades comerciais da colônia através da política de único porto: toda
mercadoria americana deveria desembarcar, obrigatoriamente no porto de Cadiz.
No âmbito regional, o poder era exercido pelos
Cabildos, órgão semelhante às Câmaras Municipais criadas pelos portugueses no
Brasil, responsáveis pela justiça local e recolhimento de impostos. Na sede dos
Vice-Reinos, encontrava-se a Audiência, tribunal colonial controlado pelos
vice-reis e administrado pelos juízes nomeados pelo Rei.
Do ponto de vista político, a colônia espanhola
estava dividida em 4 vice-reinos (Nova Espanha – principal centro colonial com
grande aporte de metais, Nova Granada – região de apresamento de indígenas para trabalho
das minas, Vice Reino do Peru,grande extração de prata, Potosí e
Vice Reino do Rio da Prata – Extração de erva mate e agropecuária) e quatro
capitanias gerais (Guatemala, Venezuela, Cuba e Chile).
O Pacto colonial, determinado pelo Exclusivo
comercial foi a base que permitiu o funcionamento do sistema de exploração
implantado nas colônias. Na América espanhola a base econômica foi a
mineradora, motivo este pelo qual a coroa espanhola lançou-se avidamente à
exploração do interior das suas colônias na busca de mais minas e regiões
mineradoras. As reservas pareciam intermináveis, o que gerou uma desvalorização
dos metais e um aumento considerável nos preços das mercadorias causando o
fenômeno conhecido como Revolução dos Preços.
A partir da década de 1550 a Espanha assumiu a
colonização efetiva, sistematizando a exploração através de duas instituições
de exploração de mão-de-obra nativa: a mita (trabalho compulsório nas minas) e
a encomienda (exploração das comunidades indígenas através da prestação de
serviços nas grandes fazendas e tributação em gêneros).
Além do trabalho compulsório indígena, nas ilhas do
Caribe, sobretudo em Cuba, no desenvolvimento da plantation açucareira, nota-se a existência de
trabalho escravo de negros africanos, importados para suprir a falta de
mão-de-obra disponível após o extermínio dos nativos.
A sociedade seguiu o modelo fechado, aristocrático
e feudal da sua metrópole. No ápice da sociedade estavam os chapetones
(espanhóis), responsáveis pela administração pública. Seguidos a estes estavam
os criollos (filhos de espanhóis nascidos na América), formando a aristocracia
rural e contando com forte poder econômico. As classes dominadas eram compostas
pelos indígenas, escravos e mestiços, tendo a cor da pele como critério de
divisão social.
A religião oficial era a católica, imposta aos
nativos pelo clero a quem cabia a catequese e a educação escolar, além das
atividades da Santa Inquisição, controlando os colonos.
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